O resgate da música sertaneja de raiz

Baú da Mais – Maíza Chab

Inicialmente caipira, hoje a moda é o sertanejo universitário.

A música sertaneja tem na sua essência vinda da roça. O pioneiro na divulgação desse estilo musical foi Cornélio Pires, escritor, advogado, professor e jornalista, que no começo do século passado formou os primeiros violeiros e cantores. Além do agito, Pires também foi responsável pelo primeiro vinil do gênero, em 1929.

A partir daí, a música caipira alcançou o rádio, principalmente o AM, e o circo, onde o grande público passou a ouvir os artistas. Assim, as vendas passaram aumentar significativamente. Mas ao longo tempo, o sertanejo sofreu mudanças e hoje é influenciado pelo pop também. Na década de 60, o sertanejo ficou mais romântico com Sérgio Reis, e 20 anos depois ela passa a ser também mais comercial, com figuras como Leandro e Leonardo, Chitãozinho e Xororó e Zezé di Camargo e Luciano, por exemplo.

Maiza Chab, apresentadora da Rádio Mais AM 1120, de São José dos Pinhais, apresentadora do programa de maior audiência no horário o Baú da Mais, conta que o rádio e a música sertaneja tem uma relação estreita, afinal, foi pelo aparelho que grandes duplas passaram a fazer sucesso. “Tonico e Tinoco já tocaram e venderam mais que Roberto Carlos. A viola emociona bastante e sempre fez sucesso com o rádio. A música sertaneja tem uma história muito rica e que não é mostrada”, analisa.

Além disso, o processo de urbanização, que levou o homem para a cidade, também interferiu na trajetória do caipira, que desde então passou-se a chamar mais de sertanejo. E hoje, o conhecido mesmo é o sertanejo universitário, que se volta mais para uma visão de ‘pegação’ e ostentação, marcas de uma nova geração. Para Maiza, é preciso ter mais opções de programas que destaquem mais as raízes sertanejas e valorizem o caipira. “O Baú da Mais é um programa que tenta mostrar as tradições e resgatar a música caipira de verdade. E, apesar de muita gente falar que apenas o sertanejo universitário faz sucesso, temos um público fiel e numeroso que prova o contrário disso”.

Contudo, Maiza ressalta que o universitário não deve ser visto como algo inútil, pois também tem seu valor. “O sertanejo universitário trouxe novas temáticas para um público mais jovem, que não é acostumado com o mundo da roça e nem caipira. É preciso ter um equilíbrio, afinal, existe espaço suficiente para abranger todos os tipos de música”, conclui.

Serviço: ​ Rádio Mais AM 1120 – Programa Baú da Mais

Maiza Chab

Radialista apresenta o Baú da Mais

Horário: Todos os dias das 15h às 17h30

Telefone: (41) 3058-1120/9177-1773/3058-7406

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