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Consultório Médico: Primavera aumenta incidência de "polinose"

Consultório Médico: Primavera aumenta incidência de "polinose"

A alergia ao pólen ou também chamada “polinose” é causada pelo contato dos polens de certas plantas com o desencadeamento de manifestações alérgicas. A maioria dos casos acontece no Sul do País, pois o clima mais temperado favorece a polinização dessas plantas alergênicas. Os pólens são derivados de gramíneas, arbustos e árvores, sendo que as gramíneas são as principais fontes de alérgicos na região.

A alergia ao pólen tem característica sazonal e ocorre em Curitiba nos meses de setembro a dezembro, época da polinização de gramíneas, das quais o Lolium multiflorum, conhecida popularmente como azevém, é a mais importante. Essa é uma gramínea forrageira muito difundida nessa região, mas não é nativa – foi trazida porimigrantes europeus. Os primeiros casos de polinose surgiram na década de 70 e foram descritos inicialmente em Curitiba.

A polinose, ou “alergia da primavera”, é caracterizada por quadro de alergia nas vias respiratórias e nos olhos, decorrentes da sensibilização aos polens que são dispersos no ar.

As manifestações clínicas mais comuns são rinite e conjuntivite alérgicas. Os principais sintomas são: congestão nasal, secreção aquosa nasal, coceira no nariz, espirros, associado ao quadro os pacientes também referem vermelhidão, coceira intensa nos olhos e lacrimejamento. A doença é mais frequente em adultos, principalmente até 30 anos, mas as crianças também podem ser acometidas pela polinose.

Um estudo realizado em Curitiba nos últimos 12 meses, mediante um questionário epidemiológico, valorizando sintomas nasais e oculares, e teste cutâneo positivo para pólen, evidenciou uma prevalência de polinose de 10,5% nos adultos.

A suspeita de uma doença alérgica pode ser confirmada pela detecção de anticorpos Ig E específicos para os alérgenos implicados através dos teste cutâneo alérgico por puntura ou pela dosagem de anticorpos IgE específicos no sangue do paciente. A prevenção cuidadosa da exposição aos alérgenos é importante. No entanto, é difícil evitar a exposição aos pólens, por estarem em suspensão no ar inalado.

Seguem algumas dicas que podem ajudar a evitar o problema:

1. Lavar as mãos frequentemente evita que o pólen vá para dentro do nariz e dos olhos.

2. Em dias com mais vento manter as janelas das casas e dos carros fechadas para evitar a entrada do pólen.

3. Trocar e limpar os filtros do ar condicionado para evitar que sejam fonte de pólen para o interior das residências e locais de trabalho.

4. Evitar esportes ao ar livre na época de altos níveis de pólen no ar, especialmente entre os horários de 10 horas da manhã e 4 horas da tarde.

5. Tomar banho e lavar os cabelos após passar muito tempo ao ar livre, pois o pólen adere a pele e cabelos.

6. Não estender os lençóis e fronhas para secarem no quintal, pois podem coletar o pólen do ar.

7. Evitar jardinagem ou cortar grama na primavera, e se for o caso usar máscara.

É importante consultar um médico especialista em alergia para o tratamento e prevenção dos sintomas durante o período da primavera. A escolha da medicação deve basear-se nos sintomas predominantes da doença. Atualmente, existem medicamentos seguros e muito eficazes no tratamento e no controle da polinose.

Fonte: Dra. Loraine Landgraf, médica do Hospital VITA Batel, especialista em alergia e Mestre em Alergia e Imunologia pela UFPR

Carol
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